A infância não é apenas uma fase da vida, é uma parte de nós que nunca deixa de existir. Você sabia que a maioria dos adultos perde a conexão com sua criança interior? Muitas vezes, a rotina e as responsabilidades do dia a dia fazem com que essa parte tão pura de nós seja silenciada. Mas, e se eu te dissesse que resgatar essa criança pode trazer mais alegria, criatividade e até mesmo mais equilíbrio emocional para a sua vida? Vamos explorar como essa reconexão pode ser um caminho poderoso para a sua felicidade.
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Relato de como eu (editor) vejo minha criança interior

É! A minha criança interior se manifesta no simples, no que parece bobo, mas que tem um significado enorme. Quando ela aparece, eu deixo ela vir com toda a energia que ela tem, porque sei que ela tem algo de especial. Sabe quando você olha para o mundo e enxerga beleza nas coisas mais simples? Então, é isso! Minha criança vê um desenho no pão, uma carinha de gato, e logo começa a brincar com isso, fazendo os olhos e a boca, e até tirando uma foto. Rá! Vê se pode! Parece uma bobagem, mas é tão puro e espontâneo que me faz sorrir.
E é assim o tempo todo, todos os dias. Ela observa o mundo ao seu redor e encontra graça nas pequenas coisas. Às vezes é a forma como uma nuvem se transforma em algo que a faz imaginar mil histórias, ou então como um simples pedaço de papel se transforma em uma nave espacial. A criatividade dela é uma festa, e eu deixo ela brincar com as ideias dela sem pressa de acabar, sem pressa de fazer o tempo passar. Ela me lembra constantemente que a vida não precisa ser tão séria o tempo todo.
Minha criança interior sempre vem me alegrar e me convida para brincar assim, do nada! É muito legal! Ela me chama para dar uns pulos, fazer umas piadas e, principalmente, não perder a leveza. Eu aprendi que posso ser adulto e ao mesmo tempo deixar minha criança brincar. Eu só preciso permitir que essa criança venha e faça o que veio fazer, sem críticas e nem julgamentos.
Ela tem essa energia leve, mas foi um processo até que meu adulto interior, com toda a sua responsabilidade, acolhesse minha criança de uma forma madura. Foi preciso um tempo para que eu entendesse que não tinha problema em deixar minha criança ser livre, desde que eu fosse o adulto responsável para lidar com as situações de uma maneira consciente.
O que passou, passou. E minha criança não sabia fazer diferente. E na verdade, essa criança foi fantástica, pois aguentou e suportou muitas coisas sem entender nada do que estava acontecendo. Ela estava apenas reagindo ao que sentia, e tudo bem. Agora, ela tem espaço para brincar sempre que quiser, mas também sabe que eu estou ali, com meu olhar de adulto, para resolver o que precisar ser resolvido.
A vida de adulto tem seus desafios, e eu aprendi a lidar com eles sem deixar que minha criança se perca no meio disso tudo. Minha criança não precisa fazer birra ou bater pé quando, no meu mundo de adulto, as coisas não saem exatamente como eu queria.
Eu já aprendi que nem tudo vai acontecer do jeito que eu planejei. Às vezes, a vida me apresenta algo diferente, e, em vez de me revoltar contra isso, eu aceito, porque já entendi que nem tudo é como eu quero, mas muitas vezes é como eu preciso. Como adulto consciente, eu escolho o que posso controlar e aceito o que está fora do meu alcance.
Minha criança não cruza os braços e faz beiço quando me falam algo que vai contra o que eu sei ou acho que sei. Não, ela não fica teimando, emburrada, ou se cala irritada. Ela também não vira as costas e sai bufando, nem pede para deixar ela em paz.
Claro que seria fácil e até tentador reagir assim de vez em quando, afinal, todo mundo tem suas insatisfações, mas minha criança não precisa mais se envolver nas frustrações do adulto. Ela está guardada no seu mundo, onde ainda pode ser livre para expressar suas emoções de forma pura, sem as limitações da vida adulta.
Hoje, eu sou o adulto desperto. Minha criança tem permissão para brincar, para se expressar quando me chamar para isso. Mas, ao mesmo tempo, ela entende que eu sou o responsável pelas questões do adulto. Eu preservo a minha criança no seu espaço e a deixo viver no seu próprio tempo. Ela sabe que não precisa se preocupar com as responsabilidades de adulto e que, quando precisar de mim, estarei ali para acolhê-la e me lembrar da leveza que ela traz para a minha vida.
Minha criança não está mais sentada, quietinha, no cantinho, chorando por falta de atenção ou carinho. Eu já a tirei do castigo que, por muito tempo, a fiz sofrer, de forma inconsciente, porque achava que a vida adulta tinha que ser vivida sem lugar para a diversão, sem espaço para o prazer. Ela não precisa mais se esconder ou se silenciar. Ela recebeu o meu amor, o acolhimento que ela sempre precisou, e agora está livre para viver a sua essência com alegria e sem medo de ser quem é.
É engraçado pensar como, muitas vezes, somos ensinados a deixar essa criança interna de lado, como se ela fosse um peso, um estorvo. Dizem que precisamos “maturar” e “agir com responsabilidade”, como se isso significasse que precisamos abrir mão da leveza e da espontaneidade que a criança carrega.
Eu aprendi que, na verdade, eu posso ser o adulto que o mundo precisa, mas sem perder a minha essência, sem perder a minha criança. Porque, se eu deixar a carga de adulto nas costas dela, ela vai perder a graça, e eu também vou perder a minha essência. E isso, definitivamente, não é algo que eu queira.
Se a minha criança tivesse que carregar as responsabilidades do mundo adulto, ela ficaria triste, sobrecarregada, e não teria mais a energia de brincar, de se divertir, de encontrar beleza nas coisas simples. E eu, como adulto, perderia a capacidade de ser leve, de rir das pequenas coisas, de me permitir ser criativo e, principalmente, de me conectar com a essência da vida.
Eu escolho, então, manter minha criança livre, mas bem acolhida dentro de mim, e faço isso com amor e consciência. Porque ela não é uma parte de mim que precisa ser abandonada. Ela é a parte que me mantém vivo, que me lembra da importância de não perder a capacidade de ver o mundo com olhos curiosos e alegres.
Ela é o lembrete de que, não importa o quanto a vida adulta possa ser desafiadora, sempre há espaço para o riso, para o brincar, se sujar e para a leveza. E, no final das contas, a vida é bem mais leve quando conseguimos acolher a nossa criança interna e dar a ela a liberdade de ser quem ela é, sem medo, sem culpa.
A criança interior que habita dentro de mim saúda e acolhe a criança interior que habita aí dentro de você.
Uma conexão valiosa

A conexão com a criança interior tem se tornado cada vez mais um tema de interesse no campo da psicologia comportamental e do autoconhecimento. Diversos estudiosos e especialistas, como John Bradshaw e Alice Miller, exploram como nossas experiências na infância moldam quem somos hoje e como resgatar nossa criança interior pode ser um processo curativo e libertador. Mas, mais do que uma abordagem terapêutica, entender a nossa criança interna é um convite à espontaneidade, à leveza e à criatividade que, muitas vezes, nos falta na vida adulta.
A Criança Interior: O que é e por que ela importa?

A criança interior não é uma figura fantasiosa ou um conceito abstrato, ela está muito mais próxima de você do que imagina. A criança interior é, na verdade, aquela parte de nós que representa os aspectos mais espontâneos, criativos e puros da nossa personalidade. Essa criança é o reflexo da nossa infância, das experiências que vivemos e de como reagimos a elas.
Nos livros “A Criança Interior” de John Bradshaw e “O Drama da Criança Bem Dotada” de Alice Miller, ambos falam sobre como as crianças carregam dentro de si uma grande capacidade de amor, imaginação e alegria. Entretanto, quando essas qualidades são ignoradas ou reprimidas, a criança interior tende a se tornar algo sufocado, o que pode levar a problemas emocionais e comportamentais na vida adulta.
Ao resgatar essa criança, começamos a restaurar a capacidade de ver o mundo com curiosidade e prazer, algo que nos torna mais humanos e plenos.
Como a Criança Interior Influencia a Vida Adulta?

Na vida adulta, somos constantemente bombardeados por responsabilidades e pressões. O trabalho, a família e as obrigações sociais muitas vezes nos levam a adotar uma postura séria, rígida e até distante. Essa “carga” pode nos afastar da leveza e da criatividade. A criança interior, que tem como característica a liberdade de brincar, explorar e se expressar, muitas vezes fica deixada de lado, como se fosse algo “bobo” ou “sem importância”.
A grande chave é perceber que a criança não precisa ser abandonada. Pelo contrário, ela precisa ser acolhida e respeitada. Isso significa entender que ser adulto não exige que abandonemos nossa espontaneidade e nosso senso de humor. A verdadeira maturidade está em equilibrar essas duas partes: a responsabilidade do adulto com a liberdade da criança.
O Impacto Positivo de Resgatar a Criança Interior

Você já parou para pensar como a brincadeira e a imaginação podem ser fundamentais para a nossa saúde mental? Muitos estudos sobre neurociência e psicologia comportamental mostram que a criatividade e o jogo são essenciais para o nosso bem-estar. O trabalho de Stuart Brown, autor de “Play”, ressalta como o ato de brincar é crucial para o desenvolvimento saudável do cérebro, o que, consequentemente, nos permite lidar com situações desafiadoras de maneira mais leve.
Além disso, ao reatar a conexão com nossa criança interior, começamos a perceber a vida de uma forma mais colorida e divertida. Aquelas pequenas coisas que antes passavam despercebidas, como um simples pedaço de papel se transformando em uma nave espacial ou a forma de uma nuvem, podem ser fontes de grande prazer e inspiração. Isso nos ajuda a estar mais presentes no momento e a aproveitar cada instante de maneira mais significativa.
Como Resgatar sua Criança Interior: Passos Práticos

Agora que você já sabe o que é a criança interior e como ela pode beneficiar sua vida, é hora de colocar isso em prática. Resgatar essa parte de você não é um processo instantâneo, mas sim uma jornada de autoconhecimento. Aqui estão alguns passos para você começar:
- Autoconhecimento: Reserve um tempo para refletir sobre a sua infância. O que você amava fazer? Como se sentia quando brincava? Quais eram suas paixões e suas crenças? Resgatar esses sentimentos é um passo importante.
- Liberte-se das Pressões: Permita-se ser espontâneo e criativo. Isso pode ser desde fazer uma atividade artística, como pintar ou desenhar, até se permitir dançar sem preocupações, só pelo prazer de se mover.
- Brincadeira Diária: Encontre pequenas formas de brincar todos os dias. Pode ser uma atividade simples, como se perder no olhar para o céu ou transformar objetos do cotidiano em personagens de uma história.
- Acolha seus Sentimentos: Muitas vezes, a criança interior pode se sentir rejeitada por causa de emoções não resolvidas. Dê a ela espaço para expressar suas emoções sem críticas ou julgamentos.
- Exercícios de Libertação: Algumas práticas de meditação ou yoga podem ser eficazes para ajudar a desbloquear e liberar as emoções da criança interior. Tente se conectar com ela através da respiração e da autoaceitação.
A Importância de Equilibrar o Adulto e a Criança Interior

Ser um adulto consciente não significa ser rígido, sério e distante da leveza que a vida pode oferecer. Em vez disso, é possível encontrar o equilíbrio entre responsabilidade e diversão. Isso é algo que o psicoterapeuta e autor Carl Jung destacou em suas obras, ao falar sobre a importância de integrar o “self” e as partes do nosso ser que muitas vezes rejeitamos.
O verdadeiro segredo para uma vida mais feliz e equilibrada está em integrar a criança interior ao adulto consciente. Isso significa viver de forma mais leve, permitindo-se ver a vida com os olhos da curiosidade, como uma criança, mas com a maturidade e discernimento de um adulto responsável.
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Liberte Sua Criança Interior e Viva com Mais Alegria
Resgatar sua criança interior é uma das jornadas mais poderosas e curativas que você pode empreender. Ao trazer à tona as qualidades de leveza, criatividade e espontaneidade dessa parte de você, você pode transformar a maneira como vê a vida e enfrentar os desafios de forma mais relaxada e prazerosa. A verdadeira maturidade está em aprender a equilibrar a responsabilidade de ser adulto com a liberdade de ser uma criança.
Portanto, permita-se viver com mais liberdade, com mais alegria e com mais leves. Abra espaço para sua criança interior, ela é a chave para a criatividade, para a felicidade e para um futuro mais tranquilo e repleto de possibilidades.